Faltavam poucos minutos para a meia-noite quando François
Hollande se dirigiu aos cidadãos franceses, poucas horas depois do primeiro de
vários tiroteios e explosões que, na noite de sexta-feira, abalaram Paris.
Visivelmente emocionado, o Presidente da República decretou o estado de
emergência em todo o território e o fecho imediato de fronteiras, em resposta
aos ataques que se sucederam na capital francesa.
Hollande
confirmou apenas que "há dezenas de mortes, muitos feridos" em
resultado dos atentados, garantindo que todas as forças de segurança serão
mobilizadas com vista à "neutralização dos terroristas".
"Aquilo que
os terroristas querem é fazer-nos medo, aterrorizar-nos", disse o chefe de
Estado francês. "Mas face ao medo está uma nação que se sabe defender,
mobilizar as suas forças e que, uma vez mais, saberá vencer os
terroristas", reforçou Hollande.
A última vez que
o estado de emergência foi declarado em França remonta a 2005, aquando dos
motins nos subúrbios de Paris, mas a decisão afetou apenas alguns departamentos
da capital francesa. O estado de emergência foi depois levantado a 4 de janeiro
de 2006.
Antes disso, a
medida fora tomada em 1955, 1958 e 1961, na Argélia, e em 1985 na Nova
Caledónia, um arquipélago no Oceano Pacífico que faz parte da República
francesa.
O estado de
emergência deverá significar, conforme assinalou François Hollande, o fecho de
determinados espaços públicos e interdição de circular em locais considerados
potencialmente perigosos. No limite, poderão ser definidos horários para
recolher obrigatório dos cidadãos
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